sábado, 6 de junho de 2009

Mau atendimento em unidades de saúde pode expor idosos à violência

A pesquisa analisou a percepção de 16 profissionais de um serviço de emergência, entre atendentes, auxiliares de enfermagem, enfermeiros, capelão e assistentes sociais
Agência USP de Notícias

Uma pesquisa da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, que avaliou o atendimento a idosos em uma unidade pública de saúde de São Paulo, mostra como estas pessoas são as mais vulneráveis ao mau atendimento de parte dos servidores. "Os profissionais daquela unidade chegam a atuar de forma violenta, mesmo que involuntariamente. Não podemos generalizar e dizer que isso ocorre em todo o serviço público de saúde", alerta a assistente social Marilia Viana Berzins. Em sua tese de doutorado Violência institucional contra a pessoa idosa: a contradição de quem cuida, a pesquisadora analisou a percepção de 16 profissionais de um serviço de emergência, entre atendentes, auxiliares de enfermagem, enfermeiros, capelão e assistentes sociais, à exceção dos médicos.

"Mesmo sabendo que algumas práticas no atendimento aos idosos beiram a violência, os profissionais envolvidos preferem culpar o colega ou até mesmo a instituição", explica Marilia. Segundo ela, o Ministério da Saúde identifica nove exemplos de situações em que há violência em relação ao idoso. "Os profissionais identificaram seis situações que prejudicam o atendimento ao idoso: a peregrinação, ou seja, a desinformação nos setores que leva o paciente a ir a vários lugares fora e dentro do próprio serviço; falta de escuta e tempo para o usuário; frieza, rispidez, falta de atendimento e negligência; maus tratos com usuários motivados por discriminação quando a questão é a idade; detrimento das necessidades e direitos do usuário; proibição ou obrigatoriedade de acompanhantes com horários rígidos e restritos.

Fonte : Portal Ciência&Vida

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