segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Falta de medicamento gera reclamações e laboratórios prometem distribuição

Os pacientes da Doença de Parkinson estão sofrendo com a falta de um medicamento nas farmácias, a combinação das fórmulas carbidopa e levodopa. Há quatro meses o remédio deixou de ser fabricado por alguns laborários, o que tem deixado os pacientes apreensivos. Isso porque o uso da combinação dá qualidade de vida ao paciente, minimizando os sintomas, e a interrupção pode piorar o tremor e a rigidez dos membros. Em dezembro, alguns laboratórios informaram que a fabricação havia sido interrompida por falta de matéria prima.

Esta semana, as mesmas empresas informaram que a fabricação e distribuição foi regularizada. Mas os pacientes discordam e as farmácias também.

A dona de casa Gláucia de Oliveira Góes informou que a combinação de medicamentos ainda está em falta nas farmácias, apesar dos laboratórios terem informado que retomariam a fabricação no inicio deste ano. "Continuamos sem informações se o medicamento voltará a ser fabricado. É um absurdo uma pessoa que depende de um remédio de uso contínuo ter que interromper o tratamento porque a fabricação do medicamento está suspensa, e o pior é que não temos onde reclamar", desabafou.

A telefonista Luciana Armina Queiroz, pertencente à Associação Brasil Parkinson de São Paulo, disse que o medicamente não é encontrado nas farmácias, que a expectativa é de que em março seja regularizada a distribuição e que a alternativa é utilizar a combinação levodopa e benserazida, disponível no comércio. "Nós aqui da associação temos sugerido aos pacientes que procurem o médico, para que novas combinações sejam utilizadas, até que a distribuição seja normalizada. Há informação extraoficial de que isso acontecerá em março", disse. As duas maiores redes de farmácia da cidade informaram que o medicamento não está disponível ainda.

Alternativa

Segundo o governo do Estado, a medicação combinação levodopa e carbidopa tem a distribuição feita pelo município. Já a Secretaria da Saúde de Sorocaba (SES) informou, em nota, que o medicamento levodopa mais carbidopa possui duas apresentações padronizadas e distribuídas pelo município: levodopa mais carbidopa 250/25 mg - que segundo a municipalidade, a distribuição está normalizada, pois existem vários fabricantes -, e levodopa mais carbidopa 200/50 mg - que a distribuição está prejudicada, pois segundo informações do único laboratório fabricante houve problemas na importação da matéria-prima.
Ainda de acordo com a SES, há previsão para normalização desse segundo medicamento, mas ainda sem data definida e que o município também disponibiliza, para o tratamento da Doença de Parkinson, o medicamento levodopa mais benserazida em três apresentações que se encontram com a distribuição regularizada.

Laboratórios

Segundo o laboratório Aché, um dos maiores fabricantes do medicamento no país, a Biosintética, empresa do Aché Laboratórios, voltou a oferecer, em janeiro deste ano, o medicamento genérico carbidopa mais levodopa 25/250 mg, e retomou suas vendas já em fevereiro. Mas, ainda de acordo com a empresa, a normalização do fornecimento de matéria-primeira por parte da empresa fornecedora, a regularidade da distribuição e da venda do medicamento só serão restabelecidas no próximo mês.

A empresa ficou de enviar lista de farmácias onde o produto já pode ser encontrado, mas não o fez até o fechamento dessa edição. Para mais informações a empresa disponibiliza o telefone 0800-701-6900 ou e-mail cac@ache.com.br.

Já o laboratório Cristália, outra fabricante do medicamento, informou que o fornecimento de levodopa já foi regularizado e que a produção do Parkidopa foi retomado, devendo chegar ao mercado nos próximos dias.

Fonte : Jornal Cruzeiro do Sul - Sorocaba-SP

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