Em Recife -É
quarta-feira, já passa das 9h e sobre a janela da Associação Parkinson
de Pernambuco (ASP) o advogado aposentado Vicente Mucarbel, 63, observa a
avenida Guararapes, no Centro do Recife, após mais um dia de consulta a
fonoaudióloga da instituição. Numa parte específica do seu corpo (a mão
esquerda), um tremor sutil evidencia a carência do equilíbrio que em
outrora lhe fez tocar teclado e exercer o pleno exercício da advocacia.
Em meio a esse comportamento
descompassado de seu membro e a sutileza no processamento das ideias,
Vicente é um dos 200 mil brasileiros que sofrem com o Mal de Parkinson e
que nesta quarta-feira (11) comemoram o Dia Internacional da doença.
Embora seja uma data carinhosa para se lembrar dos parkinsonianos, muito
não se tem o que comemorar, pelo menos na Região Metropolitana do
Recife (RMR). Isso porque, precisamente para os pacientes da ASP, a
falta de medicamento Prolopa, importante para o tratamento da doença,
vem deixando os mais de 200 pacientes da instituição angustiados.
Segundo a
presidente da ASP, Terezinha Veloso, a associação, fundada há nove anos,
vem se sustentando sozinha e a distribuição dos medicamentos, fruto de
parceira com a Secretaria Estadual de Saúde, não vem sendo entregues
direito. “Precisamos mais de apoio do poder público para que eles
distribuam os medicamentos regularmente. Um mês tem outro não tem”,
disse a gestora. “É de suma importância que os órgãos ajudem. Os
medicamentos são muito importantes para o nosso tratamento. Quando
chegamos aqui e está faltando é uma angústia muito grande”, acrescentou
Vicente, que há cinco anos descobriu a doença após ser consultado por
uma neurologista. (...) segue
Fonte : No Dia Internacional dos Parkinsonianos, não há muito o que se comemorar | Gonzaga Patriota
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